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29.6.09

One day at a time...

Acordo, é 2ª feira... estou atrasadíssima! Adormeci... é no que dá ligarem-me de madrugada para dizer sabe-se lá bem o quê :P A última coisa que me apetece é ter que trabalhar depois de um fim de semana (estranhamente) tão bem passado... pior, ter que correr logo pela matina é algo que não quero mesmo! Levanto-me e vou à janela, está o pior tempo possível... escuro, abafado, vento e chuva, muita chuva! Pensei ... este tempo é igual a dia depressivo na certa! Decidi que não podia (mesmo) andar a correr muito, senão o dia ia correr mal... fui estender a minha roupinha, tomar o piqueno na paz dos anjos e estava muito bem sentadita a ver a minha TV e txanam... aparece-me o meu Patrick assim, sem aviso, sem uma msg, um telefonema, nada!...



O dia depois disto só podia começar bem... e o que é certo é que... so far, so good :)

28.6.09

Ontem aluguei o Plano B* :)

* Não estiveste lá?... É porque não foste convidado...



PS: Para a próxima pede-me que meto-te na guest :P


26.6.09

Encruzilhada

"Chegara a hora.Mas para ele o tempo deteve-se ali. Faltou-lhe a coragem e a capacidade (ou passara já a oportunidade) para seguir um dos dois caminhos daquela encruzilhada de que, subitamente, naquela hora, vira os contornos exactos, e que há muitos anos o perseguia, mal enxergada ainda, porém insistente, obsessiva. Durante todos esses anos, numa alternância diabólica, ora lhe procurava os contornos, ora a afastava de si com o gesto pouco seguro de quem queria e não queria ver.Mas sabia que havia, de facto, uma encruzilhada — e sabia mais: o outro caminho é que era o seu; adivinhava-o sem, porém, ainda o compreender muito bem. Por vezes, (e procurava esconder este facto de si próprio) via-o distintamente, mas não acreditava no que via (ou em si próprio).Tudo o que o rodeava, ou quase tudo, lhe indicava, tácita ou explicitamente, a via única: era a família, os colegas de trabalho, o vizinho, o amigo do café… O resto eram aqueles e aquilo que ele, ainda sem compreender muito bem porquê, gostava de ouvir ou de ler e que não se atrevia a dar a conhecer aos outros. E quando, por vezes, cotejava os dois campos, era a dúvida, a hesitação, que logo procurava esquecer. Dúvidas e silêncios, ambiguidades mal interpretadas por uns e por outros — e até ridicularizadas. Era uma luta íntima, violenta por vezes, mas sempre sem vencedor claro, embora virtualmente percebido. E a visão era mais uma vez afastada com um gesto que, conquanto sempre hesitante, se foi tornando cada vez mais firme. Não queria afastar-se, queria antes esquecer, e, por vezes ajudado pela rotina do quotidiano, conseguia-o.O amadurecimento e a sua inserção na vida profissional iam tornando cada vez mais vagos os contornos do caminho que adivinhava como seu. Só algumas leituras e raros contactos o mantinham ainda distinguível por entre o mar imenso de solicitações à comodidade dos climas mornos de uma paz pútrida. Chegou mesmo a dar passos decididos na via geral, embora o seu olhar frequentemente se voltasse numa interrogação.Subitamente os acontecimentos precipitaram-se e deixaram-no ver, agora claramente. Tarde demais, porém. A consciencialização que, porventura, anos atrás lhe teria bastado, não é hoje suficiente para o fazer dobrar a esquina e entrar decididamente na sua via, na via dos poucos de outrora. E de indeciso passa a platónico, o que também não o leva a parte nenhuma.Decididamente renegado agora o velho caminho (com a surpresa e incompreensão de muitos)fica-se porém na encruzilhada, só, incapaz de dar o passo."
Autor desconhecido

O que fazer quando surgem as DUVIDAS?

25.6.09

"É o ciúme, turbador da tranquila paz amorosa! Ele é punhal que mata a mais firme das esperanças!" (Cervantes)

"Quanto mais se fala do próprio ciúme, mais os lugares que desagradaram aparecem de todos os lados; as menores circunstâncias os mudam, e fazem sempre descobrir algo de novo. Essas novidades fazem rever sob outros aspectos o que se acreditava ter visto e pesado o suficiente; tenta-se apegar a uma opinião e não se apega a nada; tudo o que é mais oposto e está mais apagado apresenta-se a um só tempo; quer-se odiar e quer-se amar, mas ama-se ainda quando se odeia, e odeia-se ainda quando se ama; acredita-se em tudo, e duvida-se de tudo; tem-se vergonha e despeito por ter acreditado e duvidado; trabalha-se incessantemente para deter a própria opinião, e nunca ela é conduzida para um lugar fixo. (...) Não se é feliz o bastante para ousar crer no que se deseja, nem mesmo feliz o bastante também para ter a certeza do que se teme mais. Fica-se sujeito a uma incerteza eterna, que nos apresenta sucessivamente bens e males que nos escapam sempre.

La Rochefoucauld, in 'Máximas'

Estava aqui a tentar compreender o que é isto do cíume... li um montão de opiniões divergentes e cheguei ao fim a perceber o mesmo. A verdade é que o cíume é algo incontrolável, podemos eventualmente controlar a manifestação do mesmo, mas o sentimento que aperta cá dentro e nos faz enlouquecer, esse não conseguimos apagar com um simples estalar de dedos. Eu confesso que sou ciumenta... mas isso tem uma razão muito simples e genuína. Quando eu gosto, gosto à séria e se gosto, não ando cá com meias palavras e joguinhos e vamos a ver no que poderá dar. Ou gosto ou não gosto e se gosto então "É meu, meu e só meu. E quero-o até ao fim"... E como sou assim, sinceramente até gosto que a pessoa que está comigo, sinta cíumes meus. Condenem-me em praça pública, mas eu acho, que é normal. É normal sentir um apertozinho no coração quando aquela gaja está pendurada em cima do "meu homem", ou quando ele prefere estar com outras pessoas que não comigo... E eu gosto que em situações contrárias ele sinta um ciumezinho. Agora o que eu não gosto, é quando o ciumezinho se transforma em discussão, em reacções descontroladas, em faltas de respeito. Isso não suporto. Mas a verdade é que às vezes descontrolamo-nos e pumba lá vai disto. Depois vem o arrependimento, o desejo de voltar atrás, o bater com a cabeça na parede e a promessa a nós mesmos que isto nunca mais na vida irá acontecer. Um dia destes façam como eu e observem casais de namorados, as cenas de cíumes são de facto uma constante, normalmente por parte do sexo feminino e não estou a falar de cenas em altos berros. Estou a falar de conversas mais, digamos, acesas! :p

Mas é muito fácil as pessoas dizerem coisas como: "Ah, são crianças, com o tempo aprendem a controlar os cíumes!" ou "Essa mulher é completamente neurótica, inventa coisas onde não existem" ou ainda "Ela acabou com ele porque ele não se controlava tinha cíumes de tudo e de todos"... e a verdade é que existe muita gente assim, ciumenta compulsiva, que não se controla, que não consegue distinguir... Mas nem sempre é assim!

Ainda no outro dia, tentava acalmar uma amiga minha que tinha acabado de descobrir umas mentiras do namorado. E às tantas, já não sabia bem o que lhe dizer... Leu-lhe umas mensagens no telemóvel... E pensam vocês: "Que horror, que falta de respeito, isso é invasão de privacidade do outro, não tinha esse direito, ela é de facto neurótica e louca e tudo e tudo e tudo"... É fácil falar e, de facto, ela esteve mal. Mas apesar disso, há atenuantes, para começar ela não andou feita louca, a tentar encontrar o telemóvel para ver o que quer que fosse... simplesmente veio-lhe parar às mãos e ela viu o que tinha que ver à frente de toda a gente, incluindo dele. E eu pensei, tal como todos vocês, que ela não devia ter sequer mexido no telemóvel... mas quando ele lhe arranca o telemóvel da mão, quando pegou apenas para ler as horas, quando a cada 5 segundos que se afasta da divisão, leva o telemóvel com ele (nem que tenha que perder 5 minutos a procurá-lo), quando inevitavelmente quando chega ao pé dela tira o som (independentemente de estarem no cinema, em casa, ou numa festa com música aos berros)... hummm a verdade é que o simples cíume (normal, agradável até) dá origem a desconfiança. E quando há desconfiança, não é possível manter uma relação. Pior ainda quando esta coisa das mensagens não era a primeira vez que acontecia. E dizia-me ela às tantas: "Ainda há 5 dias atrás, eu lhe perguntei porque nessa altura ele trocava mensagens com um montão de gajas que dizia mal conhecer e às quais se limitava a responder, ele disse-me que agora já não trocava mensagens com ninguém, isso era noutra altura, em que era imaturo" e eu respondi-lhe que não achava mal nenhum que ele trocasse mensagens com amigos/as... o que achava era que das duas uma, ou não as conhecia mal e estava a mentir ou então era alguma lacuna emocional que ele tinha... ao que ela me respondeu "Foi exactamente o que eu lhe disse... que não tinha mal nenhum, mal tem ele esconder uma coisa que é normal!"... E, de facto, é mesmo isso... quando não há mentiras, coisas escondidas, não há problema nenhum com nada. Podemos não gostar, é certo. Mas não há desconfiança. E é assim que tem que ser uma relação... Eu namorei alguns anos com uma pessoa (e tirando uma fase má da relação em que tudo que não podia ter sido feito e dito, foi ) e nunca tive necessidade de lhe vasculhar o que fosse, o telemóvel, o pc, a carteira... whatever! Não tinha ponta de desconfiança. Sei lá, não sei bem explicar mas não era sequer um pensamento. E eu sou muito ciumenta! :)

Mas voltando ao caso da minha amiga, tenho mesmo pena que as coisas acabem assim... mas acho que há fantasmas que não nos deixam avançar... e a desconfiança é uma delas. Ainda por cima, ele podia ter explicado o que se passou, demonstrar que havia coisas em que ela estava de facto a ser demasiado desconfiada e pedir desculpa pelas atitudes erradas que teve, pelas coisas que escondeu... mas ele limitou-se a dizer que não tinha satisfações a dar, que ela era neurótica e louca e inventava coisas...

E apesar de gostar mesmo muito dele, vou ter que ser da opinião que assim a relação deles não tem por onde seguir... vou-me focar em facto concretos...

1) Esconde-lhe o telemóvel sempre que pode e tira o som sempre que está com ela

2) Diz que não troca mensagens com ninguém e tem o telemóvel cheio de mensagens "tipo conversas" com várias mulheres

3) Insiste que é apenas colega de trabalho mas troca mensagens com elas sobre assuntos como "flores" "Adorei a nossa longa conversa, quando repetimos?" "foi muito bom para me aumentar o ego" "...

4) Diz a uma amiga (com quem supostamente também não troca mensagens) que "É apenas atracção física"...

5) Fica até às tantas da manhã a fazer trabalhos na faculdade a meio da semana... (quando todos trabalham no dia seguinte menos essa tal colega de trabalho)

6) Vou parar por aqui porque já começo a divagar... a verdade é que quando surge uma coisa, inevitavelmente pomos em causa tudo o que era um dado adquirido...

E apesar de ter andado a enganar-me e a enganá-la a ela, acho que tenho mesmo que dar a minha opinião sincera. Por muito que ele não a tenha traído fisicamente, o que é facto é que a enganou e pior teve necessidade de flertar com outras gajas... num momento em que depois de um grande trambolhão na relação deles, estavam a tentar ganhar confiança um no outro e crescerem juntos... Mais vale seguir em frente (e vocês nem sabem o que me custa dizer isto... é que eu gosto mesmo dele e acho que ele gosta mesmo dela e ficam muito bem juntos... mas secalhar ele tem que aprender algumas coisas antes....)

Isto tá gigante... não digo mais nada! Kiss Kiss **



Porque o cíume é queimadura... que faz o coração sofrer!...


19 - Jura - Rui Veloso

7.6.09

Uma questão de Timing

" E assim, há muitas pessoas que continuam a não respeitar esta elementar regra - a da colheita no tempo certo -, convencidos de que estão a tempo, de ainda poderem apanhar maçãs em Fevereiro. Não podem. Há um tempo para tudo e se não apanharmos o que ele nos dá na altura certa, nada retiramos dele. Falharemos o timing ou pura e simplesmente deixá-lo-emos passar como se estivéssemos de boca aberta, na janela do carro, a ver um palácio muito bonito. E depois disto, quando passamos, quando percebemos o que ficou para trás, é que entendemos que o timing era aquilo. E era tão simples de entender. Pelos sinais que nos faziam, pela forma como nos olhavam, por aquilo que nos diziam. Tão simples de entender, caramba! E nós ali, numa espécie de gaguez mental que nos retrai em vez de nos fazer ir em frente.
E o mais curioso é que havíamos entendido tudo desde o início, mas achámos que ainda não era o timing certo, que ainda precisávamos de mais uma prova ou outra que isto não é assim, mais um jantar, mais um cinema, mais umas férias que eu depois quando vier decido, mais uma carta, um telefonema, uma mensagem cautelosa que eu não tenho a certeza, mais um dia a seguir a outro, mais uma semana em que não nos vemos, mais uma semana em que nos vemos sem nos ver, até ao dia em que percebemos, que perdemos todo o "Timing" que até aí nos unia."
by Fernando Alvim in 50 Anos de Carreira